As farmácias magistrais fazem parte dos serviços essenciais da vida de todos e precisam funcionar neste momento da pandemia do coronavírus, ajudando as pessoas a se sentirem melhores, saudáveis e protegidas.
Farmacêuticos, atendentes, caixas e pessoal de limpeza da loja estão na linha de frente do contato com os clientes, correndo maior risco de adquirir infecção respiratória. A disseminação do vírus pode levar a surtos locais e causar falta de recursos humanos para manter a operação em funcionamento.
Além dos cuidados preventivos já conhecidos, veja algumas medidas específicas divulgadas pela Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias) para você adotar na sua farmácia:
1.Treinamento é primeira indicação para proteção dos funcionários: todos devem ser treinados para os procedimentos corretos de prevenção, higiene e a rotina de trabalho durante a epidemia. O treinamento visa também adotar medidas de educação à população.
2. Notificação de sintomas deve ser estimulada: para evitar riscos entre funcionários e clientes, sintomas sugestivos de infecção respiratória devem ser notificados imediatamente. Os funcionários devem ser orientados de que notificar sintomas não será motivo de punição, mas a omissão de informação sim. Funcionários com sintomas devem ser encaminhados para atendimento médico e mandados para casa, para isolamento, pelo período determinado em atestado médico.
3.Funcionários assintomáticos devem ser monitorados: a saúde dos funcionários da loja, sem sintomas, deve ser acompanhada diariamente pelo farmacêutico, com monitoramento da temperatura e surgimento de sintomas. Os que tiveram contato com pessoas doentes devem manter sua rotina normal de trabalho, sendo monitorado pelo farmacêutico por 14 dias após a exposição.
4.Recomendação de trabalho remoto e reuniões por videoconferência: é recomendado transferir funcionários para trabalho home-office, nos casos possíveis, mesmo que estejam assintomáticos. Evitar reuniões e aglomerações enquanto durar o período de epidemia. Dar preferência para reuniões virtuais.
5.Novos cuidados com alimentação e refeitórios: o compartilhamento de alimentos e utensílios de cozinha deve ser evitado em ambientes com muitas pessoas. Se isso não for possível, é preciso garantir que as medidas de higiene (antes e depois de se alimentar) e esterilização de materiais sejam estritamente seguidas por todos os funcionários durante as refeições.
6.Proteção individual deve ser garantida: todos os funcionários da farmácia que trabalham no atendimento a clientes devem utilizar máscara cirúrgica descartável durante todo período em que estiverem trabalhando. No atendimento à pacientes com sintomas respiratórios, recomenda-se utilizar também luvas descartáveis. O pessoal da limpeza deve utilizar avental esterilizado, óculos de proteção, luvas e máscaras cirúrgicas. Devem proceder higienização frequente das mãos com água e sabão e álcool gel 70%. É desejável que todos os funcionários recebam vacinação contra gripe, a fim de prevenir ocorrências de influenza que podem ser confundidas com a infeção pelo novo coronavírus.
7.Orientar para que clientes com sintomas fiquem em casa: segundo a Sociedade Brasileira de Infectologia, com a epidemia na fase de transmissão comunitária, os pacientes com sintomas passam a não ir à farmácia. O momento é de orientar para que pacientes com sintomas leves permaneçam em isolamento respiratório domiciliar. Eles não devem ir à farmácia ou procurar assistência médica, porque os serviços de saúde podem começar a se sobrecarregar.
8.Oferecer atendimento remoto e entrega de produtos: as farmácias devem oferecer uma linha telefônica ou chat de atendimento para orientar clientes, bem como serviços de compra online ou delivery devem ser priorizados, com o objetivo de criar mecanismos para que os clientes não precisem ir à loja, para obter informações ou adquirir produtos.
9.Medidas de higiene para prevenção devem ser reforçadas: todas as pessoas e funcionários da farmácia devem adotar medidas preventivas. As ações de higiene devem ser seguidas por todas as pessoas assintomáticas, independentemente de sua idade, histórico de viagem, contato com pessoas doentes ou situação laboral. O objetivo é conter a disseminação do vírus na população.
10.Medidas preventivas devem ser informadas a todos: as infecções por coronavírus podem ser prevenidas e um surto pode ser contido ou interrompido com o envolvimento ativo dos gestores, profissionais da saúde, meios de comunicação social e comunidade, tal como demonstrado em surtos anteriores de Coronavírus, como a SARS-CoV em 2003, ou a MERS-CoV em 2012.
11.Prevenção no ambiente de trabalho e em casa: todos os supostos infectados devem utilizar máscara de proteção, mesmo em casa. Lá, devem evitar contato próximo com outras pessoas e, de preferência, permanecer em ambiente separado delas. Devem manter as medidas de higiene. Utensílios domésticos, como copos, pratos, garfos e facas não devem ser compartilhados com outras pessoas da casa.
12.Orientações para os casos de tratamento: em caso de prescrição médica, o tratamento recomendado deve ser seguido conforme receita. Em caso de dúvidas ou problemas pós atendimento médico, informações devem ser obtidas por telefone ou teleatendimento. Não é o momento de deslocar a centros de saúde ou hospitais apenas para obter informações. Em caso de piora do quadro ou surgimento de sintomas graves, principalmente respiratórios, o paciente deve buscar pronto atendimento hospitalar ou em unidade de pronto atendimento.
Esperamos que todas essas dicas sejam úteis e que você já esteja fazendo tudo isso. Logo tudo isso se normaliza, mas o aprendizado por um ambiente mais saudável, uma gestão automatizada mais completa e um atendimento online mais eficiente deve ficar como algumas das grandes lições. Para o que precisar, estamos aqui.
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